domingo, 13 de setembro de 2009

PROFESSOR ESPECIALISTA

Os Múltiplos Papéis do Professor em Educação a Distância: Uma Abordagem Centrada na Aprendizagem


Ana Beatriz Gomes Carvalho
Universidade Estadual da Paraíba
anabeatrizuepb@gmail.com

Resumo

As inovações tecnológicas provocaram um impacto sem precedentes em nossa sociedade na segunda metade do século XX. Chamamos a sociedade em que vivemos hoje de sociedade de informação e a educação a distância assume um papel relevante no contexto educacional. A implementação de cursos de graduação na modalidade a distância nas universidades públicas revela a preocupação com a inclusão e acessibilidade ao ensino superior público. Os professores que atuam na educação a distância desempenham múltiplos papéis e ao contrário do senso comum, são imprescindíveis para o sucesso na aprendizagem do aluno. A complexidade no processo de ensino-aprendizagem na modalidade a distância reside na interação entre professores, tutores, ferramentas tecnológicas e alunos.

Palavras-chave: Educação a distância; novas tecnologias; ambientes colaborativos, interatividade.


Introdução

Vivemos em uma sociedade conhecida hoje como sociedade de informação, conceito que define bem a existência de fluxos tão complexos de idéias, produtos, dinheiro, pessoas, o que estabeleceu uma nova forma de organização social. O fato é que verificamos claramente as transformações na organização do trabalho, na produção, nos mecanismos de relacionamento social e no acesso à informação.
A implantação de cursos de graduação na modalidade a distância nas instituições públicas foi intensificada nos últimos anos, abrindo um leque de possibilidades para o aprofundamento de estudos da modalidade. O incremento no universo de alunos, professores e gestores que trabalham com a educação a distância, atualmente, possibilita a investigação de elementos importantes em relação ao processo de ensino-aprendizagem realizado em EaD. Este artigo foi elaborado a partir dos resultados de uma pesquisa realizada nos cursos de graduação na modalidade a distância na Universidade Estadual da Paraíba, buscando enfocar as principais dificuldades encontradas pelos professores e alunos no processo de ensino-aprendizagem a distância e que elementos podem ajudar na superação das dificuldades inerentes a qualquer processo novo.
Nesta pesquisa foram aplicados questionários com questões relativas aos diversos níveis de aprendizagem na EaD, material, avaliação, tutoria, ambiente virtual e coordenação, abrangendo um universo de quatrocentos e cinqüenta alunos. Com os professores a opção foi por uma pesquisa qualitativa realizada através de entrevistas, enfocando as dificuldades de orientar a aprendizagem e apresentar conteúdos em um curso a distância.

A Educação a Distância e os Novos Paradigmas da Aprendizagem

É de extrema importância para a compreensão da prática de EAD como uma modalidade de ensino, entender as mudanças ocorridas na produção que são um reflexo da transformação no padrão de acumulação econômica. Vários autores já escreveram sobre a relação intrínseca entre o padrão de acumulação vigente e as práticas de EAD. Segundo Belloni (2003), este debate é crucial já que estes modelos têm influenciado não apenas a elaboração dos modelos teóricos, mas as próprias políticas e práticas de EAD, no que diz respeito tanto às estratégias desenvolvidas como à organização do trabalho acadêmico e de produção de materiais pedagógicos.
O próprio surgimento da EAD teve suas bases consolidadas no modelo fordista de produção que buscava produzir em larga escala para atender o consumo de massa. No campo da educação, essa lógica vai evidenciar-se na expansão da oferta de educação, especificamente na universalização do ensino fundamental e médio e nas estratégias implementadas, fazendo parte deste quadro o surgimento de uma nova disciplina: a tecnologia educacional (Evans e Nation, 1992).
É possível afirmar que a criação dos cursos de graduação em diversas áreas permite um processo de inclusão de indivíduos que não teriam outra possibilidade de realizar um curso em nível superior. A flexibilidade dos horários, a não obrigatoriedade da freqüência diária, a utilização do computador como ferramenta, entre outros elementos, amplia consideravelmente o leque de pessoas que podem incluir-se em um processo de formação institucional. A compressão da distância e a ampliação do tempo de estudos provocam um movimento que é uma característica interessante na Educação a Distância. A distância física é encurtada pelas tecnologias de comunicação que conectam professores, alunos e tutores fisicamente distantes, A ampliação do tempo de estudo está diretamente relacionada com a “quebra” da temporalidade, já que o aluno pode acessar o material em diversos momentos, inclusive de madrugada e aos domingos. As orientações e aulas estão no ar ininterruptamente e cabe ao aluno aproveitar o momento mais adequado para interagir com o material.
A questão mais inquietante é que a maior vantagem da Educação a Distância é também a razão do insucesso dos alunos. A flexibilidade propiciada pela metodologia, que é o principal atrativo para os alunos que almejam estudar em seu tempo livre ou não ter a obrigação de freqüentar a sala de aula todos os dias, acaba por tornar-se o maior obstáculo no desenvolvimento da aprendizagem. A compressão espaço-tempo ou a redefinição destas duas categorias tão essenciais ao ser humano provoca uma dificuldade em lidar com o tempo (que sempre parece mais longo do que é de fato) e com as distâncias (a não exigência presencial provoca o isolamento e sensação de abandono no aluno). Harvey (1989) já sinalizava para o impacto das mudanças destas duas categorias em nossas vidas quando afirmava:
“A compressão o tempo-espaço sempre cobra o seu preço da nossa capacidade de lidar com as realidades que se revelam à nossa volta”. (Harvey, 1989 p.275).

Podemos considerar a evasão como o maior problema na Educação a Distância, independente do segmento ou tipo de curso implementado. Os percentuais também não se alteram diante da diversidade de mídias utilizadas, e vários elementos podem explicar as causas da evasão, variando desde a falta de condições financeiras até a dificuldade de construção da autonomia no processo de aprendizagem. A diversidade de fatores que contribuem para a evasão provoca uma certa imobilidade nos gestores da Educação a Distância que não conseguem reunir elementos suficientes para reverter o quadro de evasão em seus cursos.
O aluno busca na flexibilidade da Educação a Distância encontrar uma solução imediata para conciliar seu trabalho e demais afazeres com o estudo. Acredita que realizar um curso na modalidade a distância será mais fácil do que no ensino presencial regular e imagina que a tecnologia será um importante aliado no desenvolvimento de sua aprendizagem. O maior problema neste momento é que, independente das expectativas criadas por este aluno, sua história escolar é dentro de uma escola tradicional, com todos os elementos característicos de um padrão fordista de produção, onde a ênfase estava centrada nos processos mecânicos de memorização, repetição e padronização. Não existe no histórico deste aluno incentivo algum para a construção do conhecimento crítico e autônomo. Ao se deparar com a responsabilidade de sua própria aprendizagem, que inclui gerenciar a quantidade de tempo destinada aos estudos, a realização das atividades e o tom das relações com os tutores/professores, invariavelmente o aluno leva algum tempo confuso, com muitas dificuldades no processo de adaptação. A tecnologia que supostamente deveria tornar-se uma ferramenta poderosa no desenvolvimento da aprendizagem pode virar um pesadelo para o aluno, que descobre rapidamente que interagir com o ambiente virtual não é tão lúdico quanto parecia a principio.
Esta angústia provocada pelos mecanismos internos de adaptação poderia ser minimizada com a realização de transição do aluno para um processo de aprendizagem novo, disponibilizando elementos essenciais para a (re)estruturação dos processos individuais de sistematização do conhecimento e gerenciamento da aprendizagem. É interessante observar que independente da escolha da mídia, a dificuldade permanece, seja utilizando um livro impresso comum ou uma plataforma de interação e aprendizagem.
É comum afirmarmos que na Educação a Distância o aluno aprende sozinho, conduzindo autonomamente seu caminho na aquisição do conhecimento. De fato, isso não ocorre, o papel do professor na educação a distância é tão importante quanto no presencial apesar de sua forma de atuar ser diferenciada. Este equívoco pode dar margem a uma série de interpretações erradas sobre as reais necessidades do aluno de EaD, criando uma premissa falsa de que este aluno, por definição, não precisa de qualquer orientação em sua caminhada. Na EaD temos vários professores interagindo com o aluno em diferentes níveis de influência, com um só objetivo, facilitar a aprendizagem.

Os Múltiplos Papéis dos Professores na EaD

Os cursos de EaD apresentam uma equipe multidisciplinar e os professores assumem papéis diferenciados, que incluem desde a gestão administrativa destes projetos até a atuação como professor virtual, através de teleconferências. Segundo Authier (1998), estes professores “são produtores quando elaboram suas propostas de cursos; conselheiros quando acompanham os alunos, parceiros quando constroem com os especialistas em tecnologia abordagens inovadoras de aprendizagem”. No atual momento, vivemos um hiato característico de um período de transição. Implementamos cursos na modalidade a distância com forte agregado tecnológico, mas não temos ainda professores dos conteúdos específicos das disciplinas em número suficiente com desenvoltura no uso das TIC´s.
O professor responsável por um determinado conteúdo não precisa ser um especialista em tecnologia para operacionalizar propostas inovadoras. Ele precisa ser um usuário pleno das tecnologias para ser capaz de propor formas de interação do seu conteúdo por outras mídias. Um professor que esteja restrito ao entendimento de que a aula só acontece em uma sala tradicional, não conseguirá transpor os conteúdos de sua disciplina para a metodologia a distância com eficácia. Estamos falando aqui em algo mais do que apenas o domínio tecnológico, é necessário uma mudança de atitude frente ao novo.
“Nessa perspectiva não resta apenas ao sujeito adquirir conhecimentos operacionais para poder desfrutar das possibilidades interativas com as novas tecnologias. O impacto das novas tecnologias reflete-se de maneira ampliada sobre a própria natureza do que é ciência, do que é conhecimento. Exige uma reflexão profunda sobre as concepções do que é o saber e sobre as formas de ensinar e aprender”. Kenski (2003, p.75).

Esta mudança de atitude precisa estar presente em todos os elementos envolvidos na construção de um curso na modalidade a distância, especificamente nos professores que interagem com o aluno diretamente. Investigar e analisar como se realiza a aprendizagem e quais as ferramentas possíveis de utilização para viabilizá-las é fundamental para quem trabalha com o aluno de EaD. A complexidade nas relações na EaD pode ser exemplificada pela quantidade de pessoal envolvido para ofertar apenas uma disciplina. Entre tutores, autores, revisores, especialistas de EaD, webdesigners, entre outros, a formatação final da disciplina torna-se uma construção coletiva. É provável que o resultado final seja bem diverso do pensamento inicial do professor autor, e esta é apenas mais uma das inúmeras crises que acontecem ao longo do processo. Não existe um consenso sobre qual o melhor caminho para enfrentar os inúmeros obstáculos no desenvolvimento da aprendizagem, principalmente mediado por tecnologias. Lévy (1999) nos fornece algumas pistas nesta direção quando afirma que o uso das tecnologias digitais e das redes de comunicação interativas provoca uma ampliação e mutação na relação com o saber.
A utilização das TIC´s apenas para oferecer ao aluno uma forma diferenciada de apresentar conteúdos pode não ser suficiente para garantir a motivação do aluno. Segundo Almeida (2000), é preciso criar um ambiente que favoreça a aprendizagem significativa ao aluno, ''desperte a disposição para aprender (Ausubel apud Pozo, 1998), disponibilize as informações pertinentes de maneira organizada e, no momento apropriado, promova a interiorização de conceitos construídos''.
O aluno ao longo do processo de aprendizagem terá contato com professores diferentes em cada disciplina (autor/formador, tutor, especialista em EaD), que estarão orientando o mesmo conteúdo. No caso da EaD o aluno tem, através de diferentes meios e instâncias, contato com diferentes sujeitos que buscam orientar sua aprendizagem, provocando em alguns momentos um verdadeiro duelo de forças sobre qual o melhor caminho para facilitar a aprendizagem.
Observamos que as definições dos diferentes papéis do professor na Educação a Distância podem variar de acordo com a Instituição que desenvolve o projeto. Para analisar a interação dos diferentes papéis do professor nos cursos de graduação a distância, vamos utilizar as categorias propostas pela Secretaria de Educação a Distância (SEED) do Ministério da Educação, que são adotadas pela maioria das universidades públicas que trabalham com EaD.
O tutor é o professor que atende o aluno diretamente no pólo, orientando-o na execução de suas atividades, auxiliando-o na organização do seu tempo e dos seus estudos. Geralmente ele apresenta uma formação generalista vinculada à área do curso e não a uma determinada disciplina. Uma das atribuições do tutor é tirar as dúvidas dos alunos em relação aos conteúdos apresentados, mas precisamos considerar que dependendo da disciplina ou do conteúdo, esta tarefa poderá não ser desempenhada com sucesso. O tutor é a figura mais próxima dos alunos e o relacionamento entre estes dois grupos é sempre estruturado em um grau de afetividade bastante considerável.
Em todos os estudos sobre EaD é consenso a importância do papel da tutoria no sucesso da aprendizagem e na manutenção destes alunos no processo. Em alguns casos, verifica-se que o papel do tutor é mais importante do que o material utilizado ou as plataformas de aprendizagem disponíveis. A questão preponderante aqui é, se o papel do tutor é tão essencial ao processo de EaD e por que razão alguns projetos o colocam em um plano menos importante? Para exercer o papel da tutoria podemos contratar alunos dos cursos de graduação ou professores recém-formados sem experiência como professores? Quais são os requisitos fundamentais para a função de tutor? Segundo Belloni (2000), algumas capacidades, tais como orientar a aprendizagem, motivar o aluno, conhecer as ferramentas tecnológicas, ser aberto a críticas, entre outras, são essenciais ao bom desempenho de um professor em EaD. O perfil do tutor de um curso a distância exige algumas características que não estão relacionadas apenas com uma competência objetiva. São aspectos relacionados ao relacionamento interpessoal e a compreensão de educação que cada indivíduo constrói internamente. Não basta apenas um discurso motivador e uma proposta de trabalho enfocando a construção do conhecimento de forma conjunta com o aluno. É fundamental que este professor adquira ou desenvolva habilidades de relacionamento interpessoal que valorize um processo de formação flexível, com abertura para o diálogo e negociação constantes durante a aprendizagem.
Segundo Prado (2006), no contexto de alguns cursos na modalidade a distância, a ênfase é direcionada para um dos elementos do processo de ensino aprendizagem – materiais, atividades e interação, que são tratados isoladamente.
“Neste caso, há geralmente uma supremacia entre eles, por exemplo, quando o foco centra no ensino a mediação pedagógica tende a enfatizar a produção de materiais. Ao contrário deste foco, quando a ênfase é centrada na aprendizagem, a mediação pedagógica privilegia as interações.” (Prado, 2006, p.117)

Ao focar em elementos distintos da aprendizagem (material, ambiente virtual, avaliação, etc.) a função do tutor é deliberadamente esvaziada e esta estratégia pode ser explicada a partir de vários fatores. Podemos observar a preocupação com a formação dos tutores e a ausência de vínculo institucional (já que a maior parte dos cursos usa a função de tutor com vínculo de bolsista), a formação em um ambiente tradicional (o que dificultaria uma percepção mais flexível da educação a distância), a existência de vínculos afetivos que poderiam comprometer a integridade do processo de avaliação, entre outros fatores.
Um curso na modalidade a distância que esvazia a função do tutor não estará necessariamente fortalecendo outros papéis na dinâmica da aprendizagem. Pelo contrário, o risco maior é alimentar uma lacuna na construção da aprendizagem, criando obstáculos no processo. Todo curso na modalidade a distância constrói um ferramental poderoso para o desenvolvimento da autonomia e disciplina. O foco não está direcionado apenas para a aquisição do conteúdo, mas também para o desenvolvimento de uma série de habilidades e competências que permeiam a aprendizagem. É justamente esta a razão dos altos índices de evasão de cursos desta natureza, uma vez que a modalidade a distância não é adequada para todos os indivíduos. Ao limitar a ação do tutor no processo de aprendizagem, uma mensagem repleta de ambigüidade é enviada aos alunos: incentivamos e promovemos a autonomia e o crescimento individual dos alunos, mas mantemos uma série de ações que limitam a atuação do tutor apenas ao campo da afetividade e controle. Este processo acaba frustrando ambos, tutor e aluno em diferentes níveis, pois nenhum dos dois é considerado apto a solucionar questões emergenciais no cotidiano da aprendizagem. Um tutor que apenas tira dúvidas e atua como mensageiro dos professores e gestores do curso, não será um parâmetro confiável para o aluno em sua busca por conhecimento e autonomia. Um tutor, com participação efetiva no processo de avaliação e construção dos conteúdos, torna-se um elemento fundamental para o sucesso de qualquer curso a distância, pois cabe a ele observar e entender como o aluno aprende, criando estratégias de aprendizagem significativas para o aluno. Observamos que diversos autores que refletem sobre a apropriação das novas tecnologias na educação resgatam. É importante ressaltar a propriedade do resgate de conceitos de Vigotsky (1987) com propriedade, principalmente no que se refere aos cursos realizados a distância. Para Alava (2003), o paradigma da aprendizagem contextualizada é adequado à aprendizagem a distância devido aos suportes tecnológicos que permite chegar ao aluno no seu contexto habitual. Além disso, a abordagem sócio-interacionista ressalta o papel de guia desempenhado pelo professor e pelos colegas como facilitadores da aprendizagem. O fato de introduzir uma dimensão de interação social na análise e nos mecanismos pelos quais novas competências podem ser construídas no indivíduo abriu caminho para novas aplicações da tecnologia.
O professor formador acompanha e operacionaliza a disciplina durante o período em que ela está acontecendo. Ele pode ser ou não o autor do material utilizado pelo aluno. É responsável pela elaboração das provas e das atividades e orienta os tutores nos objetivos e entraves do conteúdo. O contato do professor/aluno é realizado através dos chats e dos encontros presenciais agendados para a disciplina, embora esta atuação possa variar em cada Universidade. O foco deste professor é superar as dificuldades dos alunos com o conteúdo específico, buscando alternativas para facilitar o processo de aprendizagem, pensando em momentos presenciais e no formato adequado do conteúdo para ser usado virtualmente. O papel deste professor é estabelecer uma ponte entre a aprendizagem realizada presencialmente a partir do contato com o tutor e a aprendizagem realizada através das diferentes mídias propostas (vídeo, ambiente virtual, CD-Rom, material impresso, etc.). Este professor, na maioria dos programas de EaD, é professor oriundo do ensino presencial da universidade e apresenta pouca ou nenhuma experiência na modalidade. Ao participar de um curso desta natureza, ele terá que desenvolver habilidades não apenas com as ferramentas tecnológicas, mas compreender quem é o aluno de um curso a distância e qual a melhor forma de promover sua aprendizagem. É fato que este professor trará suas maiores qualidades e defeitos para a EaD e dependendo de quais forem, estes poderão ser amenizados ou potencializados.
O professor que atua como gestor em educação a distância tem a função de transpor todo o material desenvolvido para a linguagem em EaD, orientando os tutores e professores formadores no processo de aprendizagem, gerenciando pedagogicamente o ambiente virtual e todas as ferramentas tecnológicas utilizadas no curso. Cabe ao gestor em EaD unificar a linguagem em EaD do curso, considerando o projeto político-pedagógico, o público alvo e os recursos humanos disponíveis. Este professor atua diretamente com os alunos, professores formadores, tutores e técnicos, observando os obstáculos no processo de aprendizagem, propondo novas estratégias e realizando avaliações constantes durante o processo.
É interessante observar que todos os professores utilizarão as mídias propostas e, portanto, precisam ter domínio das ferramentas e conhecer em profundidade todas as possibilidades existentes para elaborar estratégias para um aproveitamento eficaz dos alunos. A melhor ferramenta tecnológica não surtirá o efeito esperado se os alunos não se sentirem confortáveis e perceberem sua importância. Do mesmo modo que um professor que não compreende as mudanças na aquisição do conhecimento provocadas pelas tecnologias, não conseguirá apropriar-se dos benefícios proporcionados.
A ingerência na aprendizagem do aluno por diferentes atores simultaneamente, gera dois fatores interessantes. O primeiro fator é a diminuição na margem de erro na abordagem da aprendizagem. O número de professores envolvidos na estratégia de aprendizagem pressupõe inúmeras discussões e intervenções ao longo do processo que elimina o erro individual e ameniza os possíveis desvios existentes. No ensino presencial a atuação do professor é totalmente individualizada e os problemas serão percebidos somente na finalização dos resultados. Neste momento o professor poderá ou não realizar mudanças em sua atuação, mas isso dependerá da autocritica e bom senso que podem ou não estar presentes no indivíduo. Na EaD toda a ação do professor é socializada, expondo seu trabalho à inúmeras críticas e a correção ao longo do processo torna-se essencial.
O segundo fator é que a ação de vários sujeitos na aprendizagem potencializa a existência de conflitos durante o processo. Observamos que quando um dos sujeitos envolvidos na aprendizagem torna-se mais atuante e forte, a atuação dos demais fica aquém do desejado. Como o design do curso na modalidade a distância estabelece competências específicas para cada professor, a ineficiência de um destes elementos provoca lacunas graves no processo, existindo uma dificuldade real de superação.
Neste aspecto, é fundamental que os papéis sejam claramente definidos e distribuídos considerando o perfil de cada professor e sua abertura aos novos processos de ensino-aprendizagem utilizado em uma modalidade flexível.

Considerações Finais

Quando iniciamos esta pesquisa, buscávamos pistas para compreender o eixo propulsor da aprendizagem dos alunos em EaD. Ao longo do processo fomos observando que as dificuldades dos alunos eram similares aos seus professores, supostamente detentores do conhecimento. O papel do professor na modalidade a distância é essencial para o sucesso da aprendizagem do aluno. Independente do papel que esteja exercendo em determinado momento, motivador, autor, gerenciador de ambiente, etc. o conjunto de suas ações determinará a qualidade e o sucesso do curso. A modalidade, por sua própria estrutura, incentiva o aluno a desenvolver sua autonomia, ser independente, responsável por sua própria aprendizagem. Estas competências aumentam o nível de exigência destes alunos desencadeando um processo contínuo de busca pela melhoria da qualidade e novas estratégias de aprendizagem. A compreensão da importância dos papéis múltiplos exercidos pelos professores na EaD poderá abrir um espaço para revermos as estruturas implementadas até o momento. Estruturas rígidas e fortemente hierarquizadas não coadunam com espaços de aprendizagem flexíveis e abertas assim como modelos prontos e fechados não terão espaço em uma educação do futuro. Segundo Lévy (1999), “os indivíduos toleram cada vez menos seguir cursos uniformes ou rígidos que não correspondem a suas necessidades reais e à especificidade de seu trajeto de vida” (p.169). O mais importante é que ao ouvir todos os atores envolvidos no processo, refletir conjuntamente e propor novos caminhos, todos estão crescendo durante este processo. Ao compartilhar experiências e saberes, cientes que o conhecimento só pode existir como construção coletiva da humanidade, estamos dando um importante passo em direção ao futuro: o passo de quem não tem medo de errar e compartilhar.

Referências Bibliográficas
ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. Educação a distância na internet: abordagens e contribuições dos ambientes digitais de aprendizagem. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 29, n. 2, 2003. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517
AUTHIER, Michel. Le bel avenir du parent pauvre. In Apprendre à distance. Le Monde de L’Éducation, de la Culture et de la Formation – Hors-série – France, Septembre, 1998.
ALAVA, Séraphin. Ciberespaço e formações abertas: rumo a novas práticas. Porto Alegre: Artmed, 2002.
BELLONI, M.L. Educação a Distância, Campinas: Autores Associados, 2003.
CASTELLS, M. A Sociedade em Rede, São Paulo: Paz e Terra, 1999.
EVANS, T & NATION, D. Educational Technologies: reforming open and distance education. In: Reforming open and distance education. Londres: Koogan, 1993.
HARVEY, D. Condição Pós-Moderna - Uma Pesquisa Sobre as Ori¬gens da Mudança Cultural, São Paulo: Loyola, 1993.
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.
KENSKI, Vani Moreira. Tecnologias e ensino presencial e a distância. São Paulo: Papirus, 2003.
PRADO, Maria Elisabette. “A Mediação Pedagógica: suas relações e interdependências.”In: Anais do XVII Simpósio Brasileiro de Informática na Educação. Brasília, 2006.

domingo, 30 de agosto de 2009

Vik Muniz- Violão/Pelé/Catedral de Burgos/Monalisa e Menina de Açúcar




sexta-feira, 28 de agosto de 2009

vik muniz

Entrevista publicada na revista Isto É

Vik Muniz
"A Bienal esmagou a arte brasileira"

O artista plástico experimenta o gosto da popularidade e diz que a Bienal de São Paulo boicota os novos talentos

por Ivan Claudio

O paulista Vik Muniz, 47 anos, é um dos artistas brasileiros mais famosos no Exterior. Estabelecido em Nova York há mais de duas décadas, ele consegue vender obras por US$ 40 mil e tem trabalhos expostos nos principais museus do mundo.Em dezembro, o MoMa - Museu de Arte Moderna de Nova York o convidou para fazer a curadoria de uma exposição, um luxo reservado a poucos. Foi um sucesso. Mas o que está deixando Muniz de riso aberto é a repercussão de sua retrospectiva no Brasil. No Rio de Janeiro, ela foi vista por mais de 40 mil pessoas, um público equivalente ao de um show de rock.
Agora em cartaz no Masp, Museu de Arte de São Paulo, a mostra formada por imagens feitas de geleia, açúcar, linhas, diamantes, caviar e até de objetos achados no lixo promete virar mania. Na entrevista a seguir, o artista explica por que cansou de ser conhecido apenas no mundinho das artes plásticas: "Meu público é feito também de crianças e vovós. Faço arte para todo mundo."


ISTOÉ - Megamostras como a Bienal de São Paulo, que corre o risco de não acontecer no ano que vem, ainda fazem sentido?
Vik Muniz - Eu nunca acreditei muito nessas megamostras, acho que elas precisam ter um desenho diferente.
Quando expus em Veneza, alguém me perguntou se eu não estava contente por ter meu trabalho visto por 30 mil pessoas. Eu disse que estaria mais contente se elas não estivessem vendo 30 mil outros artistas.

ISTOÉ - O sr. não acha que hoje os artistas têm uma visibilidade maior?
Muniz - Somos ainda muito poucos. Rivane Neuenschwander, Ernesto Neto, Beatriz Milhazes, nós somos todos amigos, temos o celular um do outro. É ridículo. Uma bienal acontece de dois em dois anos para atualizar o público com uma mostra que abrange a produção de um país. O interesse dela é a contemporaneidade, não o tamanho. Cada vez mais a representação nacional foi sendo esmagada, ficou menor e menos importante. Isso tem que ser completamente mudado.

ISTOÉ - A Bienal ainda projeta a arte brasileira internacionalmente?
Muniz - Mas qual arte brasileira? Hélio Oiticica e Lygia Clark? Todo mundo os conhece. Arte brasileira não é só Hélio e Lygia, que são excelentes artistas. E os jovens? São centenas, milhares de pessoas que vivem esse sonho de expor numa galeria no Exterior e dependem desse público que vem de dois em dois anos para ver a Bienal.

É quando os jovens têm uma chance de mostrar sua obra. Mesmo que só a vejam e não a comprem.

ISTOÉ - No Rio de Janeiro, sua exposicao foi vista por mais de 40 mil pessoas. Qual é o gosto da popularidade?
Muniz - Um taxista que me levava para o aeroporto Antônio Carlos Jobim me recomendou a mostra. Disse que tinha uma exposição em cartaz que eu não podia perder. Eu falei que era minha e ele disse que eu estava de sacanagem. Isso para mim é mais importante que o sucesso de crítica.

ISTOÉ - A opinião do taxista vale mais que uma resenha positiva?
Muniz - As duas opiniões são importantes. Mas estou cansado desse meu público, de fazer uma exposição de sucesso com uma crítica boa no The New York Times e ter 1.500 visitantes ao final. Não é nem pelo número de pessoas. É pelo perfil de quem vai ver.

ISTOÉ - Que público o sr. almeja?
Muniz - Meu público hoje é feito de crianças, vovós, do guarda do museu, do manobrista. Faço arte para todo mundo. Quero ser visto pela família inteira e também pela empregada. Criança, então, é o crítico mais difícil. Se ela não gosta, logo diz: isso é uma porcaria. No Rio tinha um mar de crianças e elas estavam adorando.

ISTOÉ - Essa posição não é comum na arte contemporânea.
Muniz - O artista tem sempre essa coisa paranoica de pensar que ninguém o entende. Na verdade, isso é uma lorota. Quando ele escuta de uma pessoa comum que o trabalho dele o fez ver as coisas de modo diferente, é o melhor dia da vida
dele.


ISTOÉ - O sr. fez um retrato do presidente Lula só com confetes de páginas de revistas. Como se aproximou dele?
Muniz - Foi em Ribeirão Preto, na inauguração de uma usina. Como ele estava no cerimonial, consegui 15 minutos e o fotografei. Ele perguntou para o que era e eu falei que era artista plástico. Ele não me conhecia.

ISTOÉ - O sr. mandou o trabalho para ele?
Muniz - Não, ele não pediu.

ISTOÉ - O sr. esperava esse sucesso no Brasil?
Muniz - Não esperava, mas sonhava com ele. A primeira vez que meus pais foram a um museu foi para ver um trabalho meu. E pela expressão deles, via como estavam aterrorizados.

Exposições de arte contemporânea são um ambiente um tanto opressivo, lidam com códigos e linguagens aos quais as pessoas não têm acesso. É uma coisa sinistra. Se você vai visitar uma galeria em Nova York, tem sempre um cara sentado numa cadeira alta, olhando para você com uma cara pernóstica. Eu fico pensando quanto esse sistema de galerias prejudica o artista.

ISTOÉ - Por quê?
Muniz - A galeria está ali para vender, mas o artista tem sede de comunicação. Ele quer se comunicar com o homem comum, que não é burro.

Você deve ao público uma arte que é ao mesmo tempo inteligente e acessível. Os Simpsons, por exemplo, é apreciado por um Ph.D. da Universidade de Harvard e por uma criança de três anos. Esse é o grande desafio da arte contemporânea no século XXI.

ISTOÉ - Por que as galerias estão sempre vazias?
Muniz - As pessoas não entram e acho isso um erro. Não é só a galeria que inibe. A crítica também intimida porque ela tem uma terminologia erudita. Do outro lado, os museus estão voltados para a educação e não para a percepção.

É uma admiração pelos mestres, parece que você tem de ajoelhar diante de certos quadros porque foram feitos por determinados artistas. O uso que faço da história da arte em meus trabalhos é uma forma de banalizar isso. Coloco um Rafael ao lado de um Bosch.

Do ponto de vista da história da arte é uma idiotice. Mas eu faço isso justamente para romper a hieraquia.

ISTOÉ - O sr. acha que as pessoas precisam de uma educação visual?
Muniz - Tenho conversado com muitas pessoas sobre a possibilidade de desenvolver um sério programa de alfabetização visual.

Tenho 47 anos, a mesma idade de Barack Obama, estou chegando à idade do poder. O que eu quero fazer antes de morrer é tentar elevar a imagem ao nível da linguagem escrita como uma disciplina escolar. Isso não é tão dificil de fazer. Se acontecesse no Brasil, o País seria pioneiro. Tem condições de fazê-lo porque é um país onde a estrutura de mídia é enorme e sofisticada.

ISTOÉ - Mas justamente no Brasil onde a telenovela é hegemônica?
Muniz - A novela tem um efeito incrível porque é interativa. Ela é feita na medida em que a pesquisa indica quem o público quer que morra, quem o público quer que viva.

ISTOÉ - O sr. acompanha novela?
Muniz - Acompanho tudo. É claro que não vejo sempre. Vejo pedaços. Caminho das Índias, por exemplo, eu adoro. Eu gosto das novelas da Glória Perez. Elas são absurdas. Acho incrível se reproduzir a Índia no Projac com todos os seus estereótipos.

ISTOÉ - O sr. gosta pelo lado kitsch?
Muniz - Até que não. Acho a novela um espelho da sociedade, ela reflete o que as pessoas querem ver, tem essa generosidade. É possível enxergar muito do brasileiro nas tramas. Ela não é uma coisa independente, que molda a cabeça das pessoas. São as pessoas que moldam as novelas. Isso é formidável, é único

ISTOÉ - De que novelas o sr. gostou?
Muniz - Gostei de América, de O clone. Lembro de uma cena formidável de América em que a Deborah Secco se escondia atrás dos carros nas ruas de Miami para a imigração não pegá-la. Eu ria tanto daquilo. Tinha uma coisa irreal. É como ler García Márquez ou Italo Calvino.

ISTOÉ - O que o sr. acha de outros artistas copiarem o seu estilo?
Muniz - Outro dia eu estava em São Paulo e as pessoas me disseram que haviam adorado o retrato que eu fiz da Hebe Camargo. Eu disse que até gostaria de ter feito um retrato dela, mas não tinha feito. Aconteceu a mesma coisa com o Gianecchini, que eu também nunca fiz. Teve também o caso de um restaurante, que tinha ilustrações feitas com comida, parecidas com meu trabalho. Minhas obras já venderam desde panetone até creme vaginal.

ISTOÉ - O sr. não faz nada para impedir isso?
Muniz - É uma hipocrisia muito grande você ter copyright sobre imagem e não sobre uma técnica. Eu não gosto nem de um nem de outro. O direito autoral atrasa o processo de desenvolvimento da imagem. Se alguém quiser copiar qualquer coisa minha, que copie. Não tem de pedir permissão.

ISTOÉ - O sr. pede permissão para fazer um retrato de uma celebridade? Muniz - Quando uso uma foto existente, como no caso dos retratos de atrizes com diamantes, tenho de pedir autorização ao fotógrafo e ao retratado. A Elizabeth Taylor, por exemplo, pediu uma foto para ela e outra para o seu instituto de combate à Aids.

ISTOÉ - Suas fotos de diamantes são mais caras que os diamantes?
Muniz - Acabam sendo porque eles são, na verdade, muito pequenos. Foram ampliados. Os diamantes valem, ao todo, US$ 650 mil e foram emprestados.

Acho esse paradoxo lindo. Parece com a história do Picasso. Ele viu uma casa belíssima, fez um desenho da casa e o trocou por ela. Isso é alquimia

ISTOÉ - O sr. não acha perverso fazer trabalhos com lixo e colocá-los dentro da casa de pessoas ricas? Muniz - O lixo representa toda história que a gente não quer contar. Se o rastro de resíduos que produzimos durante a vida nos seguisse seria a coisa mais vergonhosa que existe. Estamos sempre tentando esconder o lixo que produzimos, em todos os sentidos. Isso tem a ver com a morte, com o que não usamos mais. Não vejo como perversidade. Seria se eu estivesse colocando lixo real na casa das pessoas.

ISTOÉ
- O sr. compra obra de arte?
Muniz - Só de artistas jovens. Compro com pouco dinheiro e só quando vejo um artista de talento. Tenho uma coleção de arte contemporânea, mas ela é feita de obras trocadas com artistas que conheço.

ISTOÉ -Vik Muniz é um bom investimento? Muniz - Estou superfeliz com os meus preços. Um artigo do The New York Times disse que era uma injustiça porque artistas da minha geração, como Thomas Demand e Thomas Struth, estavam vendendo trabalhos por US$ 150 mil e eu por US$ 40 mil. Eu liguei para o jornal e reclamei. Quem põe o preço no meu trabalho sou eu. Olho para ele e pergunto: "Quanto eu pagaria por isso? Não pagaria mais que US$ 40 mil."

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

USO DA INTERNET COMO FERRAMENTA DE PESQUISA

Para nós que estamos trabalhando com educação e em processo de formação contínua, a internet, hoje, como ferramenta de pesquisa,abriu um leque de possibilidades e oportunidades até pouco tempo não imaginadas dentro da Escola Pública.
Como já mencionei em fóruns e outras reflexões deste curso, o trabalho com Artes foi sempre precário e carente de recursos nas escolas públicas e em muitas das escolas particulares. As bibliotecas não oferecem um acervo de textos e/ou imagens que possam viabilizar os programas e planejamentos propostos nesta área. Sempre dependíamos das nossas próprias fontes de pesquisas, restritas às publicações que adquiríamos com recursos pessoais.
Atualmente, com a inserção da internet na escola pública, todo o processo de conhecimento na área de Artes se tornou mais rico e dinâmico. Podemos recorrer a essa ferramenta na construção de um banco de imagens; mas também na busca e utilização de textos contemporâneos sobre artes, publicações em revistas, material acadêmico, etc. Material que dificilmente teríamos acesso se ainda dependêssemos apenas dos impressos.
Outro uso importante da ferramenta net na Escola, são as oportunidades que hoje podemos oferecer aos nossos alunos para a realização de suas pesquisas de conteúdo, ou de imagens e experimentos multimídias; mas também como possibilidade de comunicação interativa e da formação de redes imprescindíveis nos processos de inclusão.

Reiterando outras reflexões- Tudo isso deve ser colocado sob um ohar aguçado em relação ao direcionamento que se faz das tecnologias. Elas são potentes deflagradores de processos importantes de aprendizado e conhecimento, mas também armas comprometedoras em condições de desenvolvimento e formação humana não tutoradas responsavelmente.
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USO DA INTERNET COMO FERRAMENTA DE PESQUISA

Estamos desenvolvendo um projeto sobre Linguagens Artísticas e o primeiro trabalho é uma pesquisa sobre Dança Ocidental, Teatro ou História da Arte - Pintura. A pesquisa é feita em grupos, de acordo como o tema escolhido por eles.